LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS

Logística Lean agiliza fluxos de materiais

Logística Lean agiliza fluxos de materiais
A velocidade dos fluxos de informação tem aumentado muito com as novas tecnologias. Entretanto, os fluxos de materiais mostram dificuldades para acompanhar isso na mesma proporção.

A Logística Lean serve para enfrentar esse desafio de viabilizar entregas rápidas e corretas dos produtos até as mãos dos consumidores. Com isso, pode elevar a produtividade, a eficiência e baixar os altos custos de armazenagem, transporte e movimentação.

Só os investimentos em Tecnologia da Informação (TI) e em automação não bastam. São caros e muitas vezes não trazem os resultados esperados.

Embora essas novas tecnologias sejam extremamente úteis para evoluir nossa capacidade de entender melhor os clientes e seus padrões de consumo, desejos e necessidades, precisamos ir além de simplesmente buscar informações de formas cada vez mais velozes.

A conexão entre consumidores e os processos produtivos com entregas precisas deve ter uma abordagem estruturada que envolva os fluxos de materiais.

Precisamos olhar com muito mais cuidado e rigor para os processos logísticos para que os fluxos físicos de produtos, das fábricas até as mãos dos clientes, também se tornem cada vez mais rápidos e eficientes.

As possibilidades abertas com o e-commerce já estão virando realidade para muitos negócios, empresas e produtos. Mas os custos logísticos proibitivos disso ainda constituem um obstáculo desafiante para se alcançar o sucesso.

Cada vez mais companhias definem a logística e a capacidade de entrega como vantagens competitivas essenciais nestes novos tempos de velocidade e agilidade das informações. O sucesso da Amazon, que entrega qualquer coisa e em qualquer lugar, é um dos exemplos mais conhecidos e reconhecidos.

Estes são os focos centrais da Logística Lean: a redução dos “lead times”, a precisão dos processos e a eliminação dos desperdícios dos fluxos de informações e de materiais, para fazer com que a produtividade aumente, reduzindo, assim, os custos.

Os conceitos e as práticas básicas do fluxo contínuo, dos sistemas puxados, da qualidade garantida no processo, da busca por eliminação de desperdícios são essenciais nas atividades de logística. Assim como a padronização do trabalho, as rotas “inbound” e “outbound” em “milk runs”, a solução de problemas, a gestão visual e a melhoria contínua. Isso tudo pode permitir entregas mais frequentes, em lotes cada vez menores.

A logística na maior parte das empresas – mesmo naquelas que já fizeram substanciais melhorias em seus processos produtivos a partir das práticas lean – ainda é muito carente desses elementos fundamentais.

Nesse contexto, há uma série de tendências importantes. Por exemplo, centros de distribuição pequenos, ágeis e eficientes. Que funcionem quase como “cross docks”, para se aproximarem dos clientes e conectá-los de forma adequada aos centros produtivos. Já os locais de produção, com uma configuração que também tende a mudar ao se aproximar mais dos consumidores, em unidades cada vez menores e mais flexíveis. Sempre para atender a crescente multiplicação de canais.

Mas a logística lean vai muito além de técnicas, conceitos e práticas lean aplicadas nos processos de armazenagem, transporte e movimentação. Devemos ter em mente uma visão sistêmica, olhando para a gestão lean que envolve o uso do pensamento cientifico, do desenvolvimento de um sistema de gestão e estilo de liderança capazes de gerar melhoria contínua ao expor problemas e envolver a todos nos processos de resolução.

A Logística Lean permite, então, que as empresas tenham uma vantagem estratégica essencial. Serve, assim, para lidar com variedades e volumes crescentes. E garante uma conexão eficaz entre demanda e produção com entregas eficientes, precisas, de baixos custos, protegendo e garantindo o valor ao cliente.

Publicado em 04/10/2016

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