Lean Institute Brasil

Como funciona a metodologia Lean?

A metodologia Lean funciona a partir de um princípio central: criar valor para o cliente com o menor desperdício possível. Isso significa repensar continuamente os processos de trabalho para eliminar atividades que não agregam valor. Por meio da observação no Gemba (o local real onde o trabalho acontece), líderes e equipes identificam oportunidades de melhoria com base em dados reais e participação ativa. A aplicação prática envolve o uso de métodos como PDCA, resolução estruturada de problemas e desenvolvimento de pessoas para alcançar melhorias sustentáveis em desempenho, qualidade e tempo de resposta.

Quais as principais ferramentas da metodologia Lean?

A metodologia Lean é sustentada por um conjunto de ferramentas que ajudam a diagnosticar, analisar e melhorar os processos. Entre as principais estão:

Cada ferramenta contribui para aumentar a eficiência, reduzir desperdícios e engajar as pessoas na melhoria contínua.

Treinamento Lean, vale a pena?

Sim, investir em treinamento Lean vale muito a pena — e pode ser decisivo para o futuro de uma organização. Mais do que um conjunto de ferramentas, o Lean representa uma mudança de mentalidade, promovendo o pensamento científico, a melhoria contínua e o respeito pelas pessoas. Um bom treinamento capacita profissionais a identificar problemas, estruturar soluções e gerar resultados concretos. Além disso, fortalece a cultura de aprendizado e colaboração, desenvolvendo líderes capazes de transformar realidades. Em um cenário cada vez mais competitivo, formar pessoas para enxergar, pensar e agir de forma Lean é um diferencial estratégico.

Como o método Lean ajuda empresas?

O método Lean ajuda empresas a focar no que realmente importa: gerar valor para o cliente e eliminar desperdícios. Isso se traduz em melhorias na produtividade, na qualidade dos produtos e serviços, na agilidade das entregas e na redução de custos operacionais. Além disso, promove um ambiente mais saudável e colaborativo, no qual os times têm clareza sobre os objetivos e atuam com autonomia e responsabilidade. Empresas que aplicam o Lean de forma estruturada obtêm ganhos sustentáveis, adaptando-se mais rapidamente às mudanças do mercado e fortalecendo sua competitividade.

Como contratar uma consultoria Lean?

Contratar uma consultoria Lean com o Lean Institute Brasil é um processo direto e baseado em parceria. Tudo começa com a compreensão do contexto e dos desafios estratégicos da sua organização. A partir disso, desenvolvemos uma proposta personalizada, que pode incluir diagnóstico, definição de objetivos, planos de ação, capacitação prática de times e acompanhamento no Gemba. Nossa atuação é colaborativa e prática, com foco no desenvolvimento de líderes e na geração de resultados reais e sustentáveis. Entre em contato para agendar uma conversa e entender como podemos apoiar sua jornada Lean.

Por que aumentar a eficiência operacional da empresa?

Aumentar a eficiência operacional é uma virada de chave estratégica para empresas que desejam crescer de forma sustentável. Ao eliminar desperdícios, equilibrar recursos e alinhar processos ao que realmente gera valor, a organização se torna mais competitiva, reduz custos e melhora a experiência do cliente. Além disso, equipes mais engajadas e alinhadas ao propósito do negócio tendem a entregar mais, com menos retrabalho e sobrecarga. A eficiência operacional, quando bem conduzida, não é apenas uma meta — é o caminho para a excelência em gestão.

OUTROS

Indignação: o legado da copa

Os atrasos das obras evidenciam a nossa incapacidade de planejamento

A três semanas do início da Copa, discute-se muito se o país conseguirá ter realmente algum “legado” que possa ser comemorado pela população e que justifique os bilhões gastos pelo governo até o momento.

O que parecia ser uma excepcional oportunidade de colocar o Brasil no mapa mundial dos países com capacidade de realização e organização, acabou tornando-se uma enorme frustração, evidenciando a nossa incapacidade de planejamento, coordenação e execução de um conjunto de obras para viabilizar empreendimento de tal vulto.

Na medida em que se evidencia que a grande maioria das obras previstas não será entregue a tempo e que não houve melhoras em serviços públicos essenciais, parece, assim, que o maior e mais importante legado que a Copa deixará é uma maior consciência geral da população sobre nossa incapacidade gerencial e sobre o baixo nível de nossa gestão pública. E que isso deveria ser uma capacidade nossa. Muitos estão incomodados com isso há muito tempo, mas com a Copa tal sentimento emergiu com mais vigor.

O “padrão Fifa” para os estádios, com a definição de níveis de conforto aos expectadores, de qualidade do gramado e iluminação, e as transmissões pela TV contrastam enormemente com o dia-a-dia de nossas cidades, com elevados níveis de insatisfação, com a nossa péssima infraestrutura de serviços e nossa incapacidade de gerenciar.

Os protestos são a parte visível disso. Pessoas que não se enganam facilmente com o “oba-oba futebolístico” e com os brados da mídia e dos patrocinadores da “nação de chuteiras” preferem protestar para demonstrar inequivocamente o desagrado. Os baixos números de pessoas nas ruas recentemente não escondem os altos níveis de insatisfação.

A Copa do Mundo foi uma oportunidade perdida. Poderíamos ter tido outro nível de gestão pública de planejamento e execução de obras. Imaginem se tivéssemos construído todas as obras previstas no tempo correto, com os custos esperados e com a qualidade prevista.

Ou imaginem ainda se fossem seguidos os métodos de melhoria contínua que são populares em muitas empresas privadas, que tornam possível fazer tudo em menos tempo, com menos recursos e com qualidade superior. E não essa monumental montanha de atrasos, gastos extras, obras inacabadas ou nem começadas, com qualidade duvidosa.

A auto-estima do brasileiro teria se elevado enormemente e, mesmo se os outros serviços públicos não estivessem no nível adequado, mostraria uma capacidade de gestão e realização que nos permitiria crer na possibilidade de um futuro melhor.

O que tivemos foi o aumento da descrença, do descrédito e da desmoralização de um país incapaz de apresentar os mínimos padrões de capacidade gerencial por parte do poder público.

A frase emanada do inconsciente coletivo “imagine na Copa” foi torpedeada por empresas interessadas em criar um clima propício para o consumo. Mas, mesmo assim, acabou se tornando para muitos um “não falei”, pois muitas coisas vão funcionar mal, realmente.

Foi com a Copa que o brasileiro, ou pelo menos parte dele, despertou e percebeu que poderia ir às praças públicas protestar contra o turbilhão de coisas erradas, de mazelas, de deficiências e incompetências.

Foi preciso que um evento esportivo bilionário, capitaneado por uma entidade internacional privada, a Fifa, bancado pelo dinheiro público brasileiro, chegasse por aqui para “chacoalhar” o senso de cidadania do país, para que se percebesse que é possível e talvez preciso começar a se indignar com as “catástrofes” diárias que ocorrem em nosso país.

Foi preciso testemunhar, no cotidiano das notícias da imprensa, gastos bilionários de governos em estádios de utilidade duvidosa para que olhássemos mais cuidadosamente para os lados, para nossas escolas públicas, para os hospitais, para as estradas, para os aeroportos, para a segurança... E nos perguntássemos: “será que estamos priorizando a coisa certa?”. E mais: “porque pagamos tanto e recebemos tão pouco de volta?”

As pessoas passaram a demandar, então, o “padrão Fifa” em nossa saúde, em nossas empresas públicas, em nosso transporte público, em nossos legislativos etc. Foi preciso confirmar, com o mundo olhando, o quanto nossos governantes são e foram incapazes de – em sete anos passados desde o anúncio de que seríamos sede do grande torneio – estruturar um mínimo de obras e melhorias.

Enfim, a Copa do Mundo reacendeu no brasileiro – ou pelos em parte do país – a capacidade de se indignar. Pode ser que o grande legado que esse evento possa deixar ao país é essa nova “reação” de insatisfação e de ir às ruas, quando se percebe que as coisas estão profundamente erradas.

Se houver efetivamente essa maior consciência e se conseguirmos explicitar isso de forma clara, pacífica, ordenada, para forçar governantes a realmente fazerem a coisa certa e, melhor ainda, utilizarmos isso para uma nova consciência na hora de votar e cobrar dos governantes escolhidos o que foi prometido, o tão esperado e falado “legado” desta Copa do Mundo no Brasil terá sido muito, mas muito mais relevante do que qualquer estádio, estrada ou aeroporto.

Tomara que uma eventual vitória nos gramados não sirva para esconder esses problemas que precisam ser resolvidos se quisermos ter um futuro melhor.

O próximo grande evento esportivo será em dois anos. Mas os atrasos e problemas de planejamento e gestão das Olimpíadas do Rio de Janeiro já são mais do que gritantes. Será que não aprenderemos as lições?

Fonte: Revista Época NEGÓCIOS

Fonte: Época Negócios
Publicado em 21/05/2014