GERAL

8 elementos de gestão essenciais para melhorar uma empresa

Flávio Augusto Picchi
8 elementos de gestão essenciais para melhorar uma empresa
Esses oito pontos não seguem uma ordem pré-estabelecida. Eles ocorrem simultaneamente no cotidiano das organizações. Possuem sinergia entre eles e com outros aspectos de gestão

No atual mundo dos negócios, cada dia mais difícil e hipercompetitivo, o sucesso de uma empresa não se deve mais a apenas uma coisa – um produto maravilhoso, executivos geniais, mercados inexplorados ou outros aspectos por si só como esses.

Muito diferente disso, os casos emergentes de sucesso são frutos, sim, de uma série de fatores complexos, mas que, bem trabalhados, somam-se e criam possibilidades de companhias com negócios sólidos e sustentáveis.

Claro que esses fatores variam conforme os contextos. No entanto, oito deles mostram-se cada vez mais fundamentais, tornando-se bases para se erguer organizações de sucesso.

O primeiro é garantir a criação cotidiana de valor para o cliente. Trata-se de ir muito além daquele mote, geralmente simplista, de “foco no cliente” que preenche os cartazes de muitas empresas, mas que pouco é usado na prática. É algo muito mais profundo. Significa fazer com que tudo o que acontece na companhia gere efetivamente um real valor para o cliente. E que isso seja buscado conscientemente por todos na empresa.

O segundo é direcionar a organização toda para a excelência operacional. Isso não é fácil, pois pressupõe identificar e implementar diariamente formas melhores de organizar os processos e realizar os trabalhos.

O terceiro elemento é otimizar a logística e, de forma mais ampla, todo o supply chain. Orquestrar toda a cadeia de fornecedores como verdadeiros parceiros e fazer os produtos e serviços fluírem de forma rápida até as mãos dos clientes se tornaram fatores estratégicos de competição em todos os setores.

O quarto é criar e sustentar uma estrutura de gerenciamento diário que, no sistema lean, chamamos de GD, que possa, no dia a dia, em intervalos curtos de tempo, verificar se os problemas estão sendo revelados e resolvidos. Se as metas definidas estão sendo cumpridas ou, do contrário, quais as razões. E se as estratégias elaboradas estão sendo “cascateadas” e executadas. E, se não, quais os “porquês”.

O quinto ponto importante é organizar ou mesmo sistematizar os processos de inovação. Entender as dores dos clientes e desenvolver com agilidade e flexibilidade novos produtos, conceitos e processos eficientes que entreguem valor são elementos que diferenciam as organizações de seus competidores.

O sexto elemento é pensar num fenômeno atual, mas que ainda é um desafio para a maioria das empresas: a transformação digital. Ou seja, utilizando as inúmeras possibilidades trazidas pelas novas tecnologias para conectar seus fluxos de valor com os clientes.

O sétimo, para que tudo isso ocorra, é a necessidade de melhorar e sustentar uma nova cultura da empresa. Valorizar a cooperação, experimentação e melhoria contínua, com participação de todos os níveis.

E o oitavo elemento é evoluir líderes e liderados para que todos se desenvolvam como pessoas e profissionais, gerando proatividade, segurança psicológica, aumento da responsabilidade, espírito empreendedor e de melhoria contínua. O suficiente para sustentar todas essas transformações de todos os elementos anteriores.

Esses oito pontos não seguem uma ordem pré-estabelecida. Eles ocorrem simultaneamente no cotidiano das organizações. Possuem sinergia entre eles e com outros aspectos de gestão. E por isso precisam ser continuamente analisados, debatidos e melhorados.

Buscar informação sobre tudo isso é um passo importante. Por exemplo, observar e aprender com organizações que estão trabalhando nesse sentido de maneira criativa e eficiente.

Uma boa dica é que em junho, durante dois dias, em São Paulo, um grupo de 120 lideranças de 70 grandes empresas vão se encontrar para compartilhar como estão colocando em prática tudo isso, no Lean Summit 2023, uma oportunidade de troca e de aprendizado coletivo.

Publicado em 11/05/2023

Autor

Flávio Augusto Picchi
Senior Advisor do Lean Institute Brasil